O paulista Francisco Rocha (Equipes: CRG Racing Team, Car
Racing / Coaches: Olin Galli, Alberto Cattucci, Léo Reis, Rafael Reis)
demonstrou uma performance altamente competitiva no Cremona Circuit, na Itália,
durante a disputa da Copa do Mundo, que teve as finais realizadas no último domingo
(28).
Disputando a categoria OK-N Júnior contra kartistas de
diversas partes do planeta, o brasileiro mostrou velocidade e capacidade de
recuperação ao longo de toda a semana.
Apesar do ritmo forte apresentado, Francisco enfrentou
adversidades que o impediram de chegar à Final. O principal contratempo ocorreu
logo na tomada de tempo, realizada na sexta-feira (26), quando a corrente do
kart quebrou na primeira volta rápida. O problema mecânico deixou o piloto na
76ª posição no grid geral, obrigando-o a largar todas as cinco corridas
classificatórias no fim do pelotão, em 27º.
A partir daí, Francisco precisou demonstrar toda sua
competência e habilidade para recuperar posições. Nas duas primeiras baterias
classificatórias, Rocha terminou em 16º e 12º, mostrando que tinha ritmo para
brigar entre os melhores. No sábado (27), outro incidente comprometeu sua
trajetória na competição. Quando estava em 12º, um adversário tentou uma
ultrapassagem e o forçou a abandonar a classificatória.
Sem desanimar, Francisco seguiu lutando nas últimas duas
corridas de classificação. O piloto terminou em 11º e 9º, acumulando até então
impressionantes 52 ultrapassagens ao longo de todas as baterias. A performance
garantiu sua classificação para a Super Classificatória, decisiva para definir
os finalistas.
Na Super Classificatória, Francisco demonstrava novamente
seu potencial ao estar em 18º, dentro da zona de classificação para a Final.
Porém, novo revés: um toque recebido de um concorrente na última curva,
momentos antes da bandeirada, o fez perder várias posições e ficar fora da
disputa final.
'Na Super Classificatória eu estava bem, passando
para a Final, até que um concorrente, que não estava conseguindo me passar, me
tocou na última curva, antes da bandeirada e me fez perder várias
posições', lamentou Francisco Rocha após a prova.
Refletindo sobre o fim de semana na Itália, o piloto reconheceu
o potencial demonstrado, mas também a frustração pelos contratempos. A quebra
na tomada de tempo foi determinante para dificultar toda sua trajetória no
Mundial, mas não impediu que mostrasse velocidade e capacidade de recuperação.
'Eu sabia que era rápido o suficiente para chegar no
Top 20. Infelizmente na tomada de tempo, na quinta-feira, a nossa corrente
acabou quebrando. Duas curvas antes da gente ficar entre o Top 3 na tomada.
Tive que largar todas as classificatórias de último. Graças a Deus consegui ter
resultados muito bons, ficando no Top 15 em todas, na última fiquei dentro do
Top 10. Estava muito feliz com o resultado, mas os toque me atrapalharam
bastante', analisou Francisco.
As 52 ultrapassagens conquistadas ao longo das baterias
classificatórias demonstram o ritmo competitivo do brasileiro. O número
expressivo evidencia tanto a velocidade quanto a capacidade do piloto paulista
de se recuperar independente dos problemas iniciais, confirmando que tinha
condições de brigar por posições de destaque.
Agora, Francisco Rocha retorna ao Brasil para os
compromissos na sequência da temporada, como a Copa São Paulo Light e o 60º
Campeonato Brasileiro em novembro em Santa Catarina. O piloto busca transformar
o aprendizado obtido no cenário internacional em resultados nas competições
nacionais.