O último sábado (14) foi dia de Light, que teve sua 3ª etapa disputada no Kartódromo Aldeia da Serra. O mineiro Lucca Abreu foi um dos participantes e chegou ao kartódromo na 5ª feira para os primeiros treinos, quando esteve sempre entre os primeiros. Na sexta, em mais dois treinos – um deles já com o motor sorteado – Lucca mais uma vez esteve nas primeiras colocações.
No sábado pela manhã houve a tomada de tempo, com a pista meio escorregadia por causa da garoa que caia. Todos os competidores encontram alguma dificuldade e, nessas condições, Lucca conseguiu a sétima colocação na tomada.
Na primeira corrida do dia, ainda pela manhã, Lucca largou bem e conseguiu conquistar algumas posições, mas os constantes toques que recebeu acabaram por danificar seu kart. Os toques quebraram sua carenagem, que ficou raspando no pneu. Isto o fez perder rendimento, mas mesmo assim Lucca conseguiu chegar na sexta colocação.
Na segunda corrida, largando na sexta colocação, Lucca mais uma vez fez boa largada e estava na quarta colocação quando, ao desviar de um acidente, foi fortemente tocado por um concorrente e jogado para fora da pista. Com muita garra, lucca retornou à pista na penúltima colocação e foi conquistando algumas posições importantes, cruzando a linha de chegada na sétima posição.
“É brincadeira o que estão fazendo alguns competidores. Não há nenhuma corrida da categoria que não haja ao menos dois ou mais pilotos punidos por essas atitudes. Isso não é uma corrida de kart e sim uma corrida de ‘bate- bate’. Os pais, mecânicos e chefes de equipes, que deveriam ajudar a formar pilotos, simplesmente não o fazem”, reclama Fábio Abreu, pai de Lucca.
“Vi coisas do tipo ‘pode bater mesmo’, ‘isso e esporte pra homem’”, denuncia. “Esses tipos deveriam ser banidos do esporte, acho que as federações de um modo geral tinham que acabar com essas atitudes. Não basta punir o concorrente que bateu, em geral dão uma pena de 10 segundos ou nos casos mais graves desclassificam, mas e o competidor que foi prejudicado como fica? Deveria haver penas mais duras para os reincidentes, como suspensão de algumas provas ou algo assim. No nosso caso especifico o mesmo competidor nos tirou na etapa anterior, e ai? Vai ficar por isso mesmo, devemos nos preocupar com o que está acontecendo no nosso esporte, pois assim realmente fica difícil. Além de formar pilotos, estamos formando homens. Que conceito de honestidade, respeito e caráter podemos passar aos meninos. Em provas passadas outros competidores enfrentaram o mesmo problema, temos amigos que correm na mesma categoria e também pensam assim”, desabafa Fábio Abreu.