Aproveitando que estava em Goiânia (GO) no último final de semana para a disputa de mais uma etapa da Fórmula Truck, Felipe Giaffone, membro da Comissão Nacional de Kart, visitou o Kartódromo Ricardo Santos, sede da 1ª fase do Campeonato Brasileiro de Kart e motivo de muita polêmica até aqui.
Giaffone foi ao Kartódromo Ricardo Santos para conferir – de forma oficial – as condições gerais do complexo e se disse bastante surpreso com o que viu. O Kart Gaúcho/Revista Karting News conversou ontem com Giaffone para saber em que condições efetivamente se encontra o kartódromo e o dirigente garantiu que a principal preocupação dos pais – a segurança – não deverá ser motivo para que pilotos não disputem o Brasileiro na capital goiana.
“O kartódromo é seguro, tem boas áreas de escape e em poucos pontos é necessário ter proteção com barreiras de pneus. Mostramos esta pequena necessidade ao Ney (presidente da Federação Goiana), que acatou nosso pedido e providenciará esta proteção”, disse Giaffone. “Não vejo motivos para pilotos não participarem em razão de segurança”, completou o dirigente, experiente kartista que competiu também na Fórmula Indy.
Felipe Giaffone encontrou em Goiânia “um kartódromo melhor do que eu esperava, já que havia muitas reclamações quanto às condições da pista e algumas fotos que depunham contra o local. Sei que há um tempo atrás ele não estava legal, mas hoje está”. Muitos pilotos estavam treinando na última sexta-feira, o que ajudou muito na avaliação de Giaffone. “O Kartódromo de Goiânia é público, não é como Aldeia da Serra, Granja Viana ou Velopark, que são privados. E baseado nisto também é que se pode dizer que as reformas que estão sendo ou já foram feitas deixarão todo o complexo de acordo com as necessidades que um evento como o Brasileiro pede. Teremos um bom Brasileiro em Goiânia”, afirma.
Questionado sobre outra reclamação de pais e pilotos, Felipe Giaffone concordou que a pista poderia ser mais larga. “A pista é em quase toda ela suficientemente larga e apenas em alguns pontos ela se torna mais estreita. Vamos concordar que a Fórmula 1 corre em uma pista mais estreita que o normal, Mônaco, certo? Eu mesmo corri em provas de rua na Fórmula Indy onde a pista era mais estreita. E hoje corro na Fórmula Truck, que por sua vez disputa provas em Caruaru (PE), uma pista pequena, estreita, fora dos padrões, e que recebe veículos de competição enormes. E nem por isso deixa de ser um grande evento, pelo contrário”, compara Giaffone. Segundo o dirigente, ele mesmo proprietário do Kartódromo Granja Viana, um dos melhores do Brasil, a largura da pista está dentro da média que a maioria dos kartódromos brasileiros tem. “Não podemos pegar exemplos isolados, como o Velopark, e usar isto contra o Kartódromo de Goiânia”, avisa.
O dirigente aproveitou para pedir aos pilotos que compareçam ao Campeonato Brasileiro, que efetivamente participem da competição. “Este é o momento em que é necessária a ida dos pilotos. A passagem do Brasileiro por Goiânia viabilizará o investimento da prefeitura em novas reformas no kartódromo, o que deverá aumentar a pista em cerca de
Algo que poderia assustar é a qualidade do asfalto. Porém, segundo Giaffone, o asfalto é feio apenas visualmente e as fissuras que existiam foram sanadas de forma eficiente com a colocação de um produto químico, EPC. “Achei bastante interessante esse produto, que eu não conhecia e que, inclusive, já tratei de saber mais, para adquiri-lo para que o tenhamos na Granja, onde também temos algumas pequenas fissuras no asfalto”, revelou Giaffone. “É uma pista que exigirá dos pilotos muita técnica de quem quiser ser campeão. Corri lá no início da década de 90