publicidade
21/04/2021 16:32

Hamilton testa em Imola e McLaren capitaliza sua sede

Escrito por Wagner Gonzalez
Jornalista especializado em automobilismo de competição

Foto: McLaren

Sede do grupo McLaren foi vendida, mas a empresa segue funcionado no local


Longe, bem longe se vão os dias da Fórmula 1 ser representada por um grupo de engenheiros visionários e apaixonados que construíam seus projetos em instalações rudimentares. Transformada em negócio bilionário e multinacional pelo astuto Bernie Ecclestone, a categoria atualmente investe tanto em tecnologia quanto na área financeira. Prova disso é a mais recente negociação anunciada pela McLaren: em troca de £170 milhões, algo próximo de R$ 1,3 bilhão, a sede do complexo de empresas da marca, em Woking, foi vendida a um grupo de investidores norte-americanos.

Antes que você tente deduzir quanto vai ser gasto na mudança é bom saber que o grupo estadunidense Global Net Lease pagou esse valor, mas decidiu alugar as instalações do prédio projetado pelo arquiteto Sir Norman Foster pelos próximos 20 anos. Desse jeito, tudo segue mais ou menos como antes e a McLaren recebe sua terceira injeção de fundos desde o ano passado: em junho de 2020 o National Bank of Bahrain emprestou R$ 1,16 bilhão à empresa e em dezembro a MSP Sports Capital comprou 15% das ações da equipe de F1 por meros R$ 1,43 bilhão.

Não obstante tanto capital gerado nos últimos meses, cerca de 1.200 funcionários (um terço da força de trabalho do grupo McLaren) foi demitida em função da crise gerada pela pandemia do Covid-19. Mesmo assim o clima na categoria é de otimismo e Zak Brown, que sucedeu a Ron Dennis no comando da McLaren, está seguro desse cenário, conforme declarou ao site Race Fan.

“O atual quadro de saúde e prosperidade atinge todo o grid da F1, em maior ou menor escala. Exemplos são o segurança que o grupo Dorilton Capital trouxe à Williams e os contratos de patrocínios da Haas com empresas fora da esfera da Urakali, que pertence à família de Nikita Mazepin”, disse.

A Liberty, controladora da Fórmula 1, também garantiu um bom saldo graças aos 16 contratos assinados recentemente, o que garante faturamento estimado de R$ 1,7 bilhão por ano. São números absurdos quando comparados aos valores praticados no início dos anos 1970, quando a premiação do GP dos EUA em Watkins Glen era de longe a maior do mundo e ultrapassava US$ 250 mil, cerca de R$ 1,4 milhão.

Passada a tormenta que marcou a disputa do GP da Emilia Romagna, a equipe Mercedes se dividiu em duas frentes, uma política e outra técnica. Na primeira o manda-chuva Toto Wolff deu um corretivo público em George Russell após o inglês ter acusado Valtteri Bottas de ter provocado o acidente que afastou ambos da corrida vencida por Max Verstappen. Tido como herdeiro do lugar atualmente ocupado pro Lewis Hamilton, Russell desculpou-se publicamente pela atitude que teve em relação a Bottas que, para Wolff “é um piloto que conheço há cinco anos e não precisa provar nada para ninguém”.

Hoje e amanhã a equipe testa os pneus de aro 18” que serão adotados na próxima temporada. Não foram divulgadas mais dados sobre os resultados obtidos. A cada etapa do Campeonato Mundial de F1 uma ou duas equipes são escaladas para avaliar o novo equipamento em dois dias de testes.

AUTOMOBILISMO BRASILEIRO VOLTA A FUNCIONAR – No último fim de semana foi disputada a abertura do Campeonato Paraibano de Turismo no traçado de 3.024 metros do Autódromo Internacional da Paraíba e hoje a Federação de Automobilismo de São Paulo (FASP) anunciou para o dia 15 de maio o reinício da Copa São Paulo, no Kartódromo Internacional Ayrton Senna, em Interlagos. A Stock Car inicia sua temporada 2021 no próximo fim de semana em Goiânia. A programação inclui a abertura do campeonato da categoria acesso Stock Light.

Por fim, a reunião da diretoria da FASP realizada no dia 19 homologou o nome de Élcio de São Thiago como sucessor de José Aloizio Cardozo Bastos, que faleceu dia 13, vítima de câncer. São Thiago ocupava até então o cargo de primeiro vice-presidente da entidade paulista, cargo que agora passa a ser ocupado por Paulo Enéas Scaglione.

Leia mais colunas do autor