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15/09/2017 07:47

Provas do Brasileiro de Rotax começam hoje. Saiba como funciona a categoria no Brasil e no mundo

Autor: Portal Kart Motor | Erno Drehmer


Foto: Erno Drehmer

Agora com status CBA, a Rotax iniciou hoje as atividades oficiais de seu 1º Campeonato Brasileiro em seu tradicional reduto, o Kartódromo Granja Viana, em Cotia, na Grande São Paulo.

São sete categorias na pista, com pilotos em busca do título máximo e também das vagas no Mundial, que este ano será realizado em Portimão, Portugal, no início de novembro. Para tanto, dois formatos foram adotados para definir estas questões.

O campeão brasileiro será conhecido após a disputa de duas classificatórias, que definirão o grid de largada da Pré- Final. O resultado desta, por sua vez, ordena o grid da Final. E quem vencer a Final leva o título. As vagas para o Mundial – que recebe apenas os campeões de cada um dos 53 países participantes – têm outro formato: trazendo pontos da Copa Rotax, os pilotos somarão mais pontos na Pré-Final e na Final. Ao fim de tudo isso, quem tiver mais pontos vai à Portimão.

Conversamos com Wilton Santos, diretor da Mach5 Karting, que é a distribuidora oficial da Rotax no Brasil e no Paraguai, a respeito das propostas da categoria no Brasil, onde está desde 2011. O papo girou em torno de estrutura de gestão da Rotax no mundo, motores lacrados e originais no Brasil, as categorias, o Brasileiro e as vagas no Mundial.

A Rotax faz parte de um poderoso grupo austríaco, que atua em diversos segmentos e que existe desde 1920. A BRP, subsidiária deste grupo, coordena as ações da Rotax.

A matriz austríaca faz contratos com os países, cria uma rede de distribuidores e o distribuidor local é encarregado de todos passos, desde adesivos com a logomarca até as competições propriamente ditas.

Buscando a excelência, anualmente a matriz promove encontros, quando a rede de distribuidores analisa os passos do ano anterior em busca da correção de possíveis erros.

No Brasil desde 2011, a Rotax fez sua primeira corrida em 18 de junho, com duas categorias e sete pilotos. “Crescemos desde então, depois tivemos que superar uma crise financeira no país. Mas nos recuperamos e hoje contamos com grids significativos. Estamos felizes com os resultados obtidos até aqui”, analisa Wilton. “Este ano firmamos uma parceria com a CBA, que oficializou nossa competição, reconhecendo-a como um Campeonato Brasileiro”, emenda.

A Rotax já dominou as competições CIK/FIA, quando venceu mundiais. Naquela época, na década de 1990, promoveu inovações, com motores que passaram de 100cc para 125cc. Inventou também a partida elétrica e a embreagem para motores de kart. Alguns anos depois a CIK/FIA “copiou” e introduziu estas novidades, vantajosas financeiramente para o piloto.

Os motores utilizados no Brasil – e em todas as competições Rotax no mundo – são originais e lacrados. Ou seja, não há preparação. “É o mesmo motor utilizado na Europa ou na Ásia, o piloto pode colocar o motor ‘embaixo do braço’ e correr o Campeonato Europeu com ele”, explica. “É o mesmo motor e o mesmo regulamento. O piloto pega o motor na caixa, lacrado, bota no kart e anda”, continua.

Quem faz aas manutenções é a rede autorizada no Mundo – no Brasil é a Mach 5, comandada por Wilton Santos. Cada motor recebe um código de barras, que não se repete no mundo todo, e a partir daí é possível acompanhar a história dele, desde quando sai da caixa até as manutenções preventivas, programadas para serem feitas após 25 horas e 50 horas de uso.

“Trocamos o pistão a cada 25 horas de uso, por exemplo. Na manutenção de 50 horas revisamos a parte de baixo e a parte de cima. São as chamadas revisões preventivas, que evitam problemas futuros e que tornam os custos mais baratos para os pilotos”, diz o empresário.

O valor dos motores Rotax no Brasil varia entre R$ 11.500 e R$ 15.500. “Dito assim, este valor até assusta. Mas devemos esclarecer que ele vem completo. As duas únicas coisas que não acompanham o motor são um fixador do cabo do acelerador no kart e a mesa, o resto está incluído, como por exemplo, radiador, bloco, escape, carburador, filtro de combustível, bomba d’água, etc”, aponta Wilton. “Comparado com outros motores, que vêm apenas com o bloco – e também quando se fala em valores de manutenção –, o Rotax oferece uma relação custo x benefício bem mais competitiva”, completa.

Para o Mundial são 10 vagas disponíveis – e os classificados serão conhecidos neste sábado: Micro (1), Mini (1), Júnior (1), Max (1), DD2 (2) e DD2 Masters (3), além de outra para o próprio Wilton Santos, que recentemente se sagrou campeão sul-americano na Max Masters. O Paraguai também terá representantes, com duas vagas.

As categorias são por idade e delas já participaram a família Barrichello, com Rubinho e seus filhos Fernando e Eduardo. Rubens Barrichello, recordista de participações na Fórmula 1, foi campeão sul-americano em 2015 e, por isso garantiu sua vaga no Mundial representando o Brasil.

Por fim, uma novidade. “Como teremos o Campeonato Brasileiro tradicional aqui na Granja no próximo ano, teremos motores para alugar àqueles pilotos que quiserem treinar. Fica o convite”, finaliza Wilton Santos.

Bem, agora que já apresentamos a Rotax, acompanhe as atividades do 1º Campeonato Brasileiro Rotax aqui pelo Kart Motor. Nesta sexta-feira os pilotos disputam a tomada de tempos e duas classificatórias e no sábado acontecem a Pré-Final e a Final.

O Brasileiro de Rotax está sendo disputado junto com a 8ª etapa da Copa São Paulo Granja Viana, ficando as atividades da KGV marcadas para a parte da manhã e as do Brasileiro para a tarde.

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