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06/12/2019 11:26

APA Challenge 2019 definiu seus campeões no Beto Carrero

Autor: Pedro Giulliano D. Massarani


Foto: Divulgação

Com quase 40 pilotos na pista, a APA Challenge 2019 definiu os campeões de suas três categorias no Beto Carrero. José Arthur sagrou-se campeão da Master, o vice ficou com Plínio Frota. Juliano Cunha conquistou a Cup em uma disputa emocionante contra Caio Pankratz, que terminou com o vice-campeonato, e Clederson Fio faturou o título na categoria de elite em outra grande luta contra Jackson Gonçalves, que ficou com o vice-campeonato da Challenge.

No agregado das três categorias e após 6 etapas, 12 pilotos encontravam-se com chances reais de campeonato na grande final, e para apimentar ainda mais a disputa, o último encontro distribuía uma pontuação dobrada, ou seja, os pilotos tinham 103 pontos disponíveis, entre vitórias e voltas rápidas na classificação e nas corridas, para construir seus resultados.

Junto da corrida, as crianças da comunidade de Penha foram convidadas a assistir à corrida e a se aproximarem do esporte. Cerca de 150 estudantes das escolas Rubens de Souza e João Antônio Pinto, da região próxima ao kartódromo, assistiram a corrida e passaram o dia inteiro próximo dos pilotos. Com apoio da Água da Serra, Belíssima Casa Di Frutas, Naked 100, Supermercado Koch e Águas de Penha, as crianças, professores, responsáveis e acompanhantes saborearam um cachorro quente feito pela própria comunidade em parceria com o evento.

A categoria de elite da APA, a Challenge, reservava a decisão mais apertada entre todas as categorias. O guarapuavano Clederson Fio, após um ano com muitos altos e poucos baixos, liderava com 301 pontos. Entretanto, apenas 25 pontos atrás, estava o curitibano Jackson Gonçalves, cuja vitória era imprescindível para alcançar Fio na tabela. Correndo por fora, mas observando bem de perto toda a disputa, estava Diego Cavallari, devendo apenas 65 pontos para o líder.

Como se a disputa não fosse o bastante, a Challenge contou com algumas presenças de peso. André Luiz Napoli, 12 vezes campeão paranaense e tri campeão Sul-Brasileiro, Luiz Turmina, vice-campeão da Sprint Cup em 2018 e Pedro Cavalli, atual campeão paranaense de F4 Light com apenas 14 anos de idade, ajudaram a temperar ainda mais a final.

O alto nível do grid se comprovou logo na tomada de tempos, com os 10 primeiros separados por apenas meio segundo. Com esses tempos, a ordem de largada claramente se daria pelos detalhes. Bruno Rocha voou e cravou a pole da categoria, seguido por Guilherme Sell, que ficou na segunda colocação por apenas 0.010 milésimos de segundo de diferença, e Everson Calaes, em terceiro.

Logo na largada, Turmina deu o bote em Bruno Rocha e abriu distância, Jackson e Fio conseguiram passar Calaes e Sell e foram à caça de Bruno Rocha, e a bateria foi emocionante do começo ao fim.

As últimas 5 voltas foram de tirar o fôlego. Turmina abriu larga distância e venceu a bateria sem incômodos. Bruno, Jackson e Fio se encontraram e trocaram posições durante todas as voltas. Na última curva da última volta, estava Bruno com Jackson e Fio logo atrás. Na tomada de curva rumo ao PSDP, Jackson passou por dentro e assumiu a segunda posição, Fio passou por fora e assumiu a terceira, engolindo Bruno no famoso “Tree Wide” ao melhor estilo NASCAR, que cruzou a linha de chegada em quarto.

Na segunda bateria, com grid invertido entre os 6 primeiros, Turmina e Fio acharam os ritmos entre si e andaram juntos. Jackson protagonizou belas lutas contra Bruno Rocha e Pedro Cavalli, fazendo-o perder contato com a dupla da frente. Fio venceu a bateria seguido por Luiz Turmina, em terceiro cruzou Cavalli, trazendo consigo Jackson e Bruno Rocha. No resultado agregado, Fio sagrou-se campeão da Challenge por apenas 34 pontos de diferença para Jackson, que ficou com o vice-campeonato.

Na etapa, o grande vencedor foi Luiz Turmina, acompanhado no pódio por Clederson Fio e Jackson Gonçalves. Na quarta colocação ficou Bruno Rocha e fechando o pódio ficou o jovem Pedro Cavalli.

Menção honrosa ao piloto Fernando Osternack, que largou em último na primeira bateria por uma punição no classificatório, e ultrapassou 20 karts para cruzar a linha de chegada em 15º, tornando-se um dos maiores escaladores de grid desta etapa.

Na Cup, mais quatro pilotos estavam na disputa direta pelo título. Juliano Cunha (Naked 100/ Magna E-Liquid Racing), após um começo de ano difícil, fez um segundo semestre impecável e chegou líder da categoria com 229 pontos. Seu principal rival, Caio Pankratz, que também fez um segundo semestre digno de aplausos, chegou devendo apenas 53 pontos para o líder. Sem o peso da responsabilidade de administrar resultados, Ronaldo Roderjan e Fábio Mathoso chegaram para o tudo ou nada visando tirar 70 e 77 pontos, respectivamente, do líder Cunha.

Caio começou a demonstrar força desde os tempos classificatórios, largando em segundo e vendo Cunha largar na quinta posição da categoria. Na primeira bateria, Caio foi para cima e ficou com a terceira posição, vendo o rival Juliano ficar com a 11ª posição. Na segunda bateria, ambos pilotos foram punidos por descumprirem ordenamentos de parque fechado, o que acabou tornando a disputa entre ambos uma das mais aguardadas da corrida, tendo em vista que os dois largariam nas últimas colocações partindo do box.

Caio saiu de último para a 4ª colocação na sua categoria, e Juliano saiu de penúltimo para a 7ª colocação. Caio conseguiu queimar uma considerável gordura dos 53 pontos que o distanciava da conquista do campeonato, mas não o suficiente. O piloto da Naked 100, utilizando da inteligência de corrida e com os resultados consistentes das últimas quatro etapas, conseguiu administrar e fechou o ano como campeão da Cup por apenas 9 pontos de diferença.

Na etapa, o grande vencedor foi o jovem Vítor Belém, de Mafra (SC), que está se preparando para o Campeonato Catarinense deste ano na F4 Graduados. Belém não tomou conhecimento dos adversários, fez a pole, ganhou as duas baterias e ainda fez a melhor volta de uma delas, faturando 102 dos 103 pontos disponíveis, sendo ele o maior pontuador entre todas as categorias.

O vice-campeão Caio Pankratz o acompanhou no pódio na segunda colocação, seguido pelo paulista Fernando Fonseca na terceira, Fabio Mathoso na quarta e Luciano Borges na quinta colocação, este último que fez uma das mais belas corridas desse ano, saindo da 22ª posição.

Menção honrosa ainda para o piloto Ricardo Hilgenstieler, outro estreante na categoria, que foi o único a fazer frente à dominância de Vítor Belém. Foi segundo colocado na primeira bateria andando sempre entre o top 5 da geral, e só não logrou um pódio por uma punição de largada aferida na segunda bateria.

Na categoria destinada aos mais experientes do grid, a Master, cinco pilotos disputaram diretamente o título. O guarapuavano José Arthur liderava com 295 pontos, seguido de outro guarapuavano, Mauro Mondin, com 242. Em terceiro estava o paulista João Adonai, devendo 69 pontos para o líder, seguido por Plínio Frota e Paulo Lourenço, ambos devendo apenas 75 pontos para José Arthur.

Apesar da ampla gordura de pontos a ser queimada, José Arthur sabia que não teria conforto por conta da pontuação dobrada. Na classificação, porém, José Arthur jogou o peso da responsabilidade para seus adversários, faturando a pole por 0.3 de diferença para Dagnor Schneider e Oracildo Olmedo. Arthur, aliás, foi o único da Master que figurou entre os 10 primeiros da tomada de tempo geral. Atrás de Dagnor e Oracildo, estavam Mauro Mondin e Plínio Frota.

Na primeira bateria, a ordem do classificatório se repetiu. José Arthur levou 50 pontos da vitória, mais um ponto pela pole position e mais outro ponto pela melhor volta na bateria. Mesmo se envolvendo em um incidente na segunda bateria que o impossibilitou de terminar a prova, Arthur nem se preocupou. Os 52 pontos somados a diferença de 53 que ele sustentava para seu principal rival, garantiu o campeonato com a tranquilidade que só quem venceu 10 das 14 baterias do ano pode ter. Plínio Frota assegurou o vice-campeonato ao ver Mauro Mondin não completar a segunda bateria.

Na corrida, Oracildo Olmedo faturou o título da etapa, acompanhado pelo campeão da Master de 2018, Marcos Clemente. Em terceiro ficou o vice-campeão deste ano Plínio Frota, acompanhado por Paulo Lourenço em quarto e o grande campeão José Arthur em 5º.

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